Retrato
Quando a tarde passaAbre-se outra portaSe um morcego voa a estrela despontaSer de hoje ou de semprenada disso importatodo o tempo corre só por nossa contasair por praias brancas de velas queimadasse perdi meus espacos ao longo da carreirative pais e filhos tive namoradase encontrei-me logo aqui mesmo á beirajogo minhas cartas na mesa da vidarecolho moedas apenas tambémalma incandescentede frio transidaquem me dá certeza que o livro nao tenhoo vinho bebido ao sangue juntandoe os frutos da terra descobri em mimque ninguem me diga que morreu sem leique ninguem me diga que morreu assim
Retrato. Carlos do Carmo e Bernardo Sassetti
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